18 julGravidez e balão intragástrico

Você sabia?
Mais de 80% das brasileiras em idade reprodutiva possuem planos para engravidar, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Porém, um dos fatores que podem representar risco à essa vontade é a obesidade.
De acordo com uma pesquisa do Ministério da Saúde, quase 30% das brasileiras sofrem com o excesso de peso.
Por isso, conciliar gravidez e balão intragástrico é tema recorrente entre as mulheres que optam por esse tratamento para emagrecer, gerando muitas dúvidas, como:
- Grávida pode colocar o balão gástrico?
- É recomendado engravidar enquanto estiver utilizando o balão intragástrico para emagrecer?
- Se eu engravidar nesse período, o que acontece?
- É preciso retirar o balão?
Pensando em sanar essas e outras preocupações sobre o tema, listamos as perguntas mais comuns sobre o uso do balão intragástrico na gravidez. Acompanhe abaixo para saber mais!
1. O que é e como funciona o balão intragástrico?
Um dos métodos de emagrecimento mais efetivos para pacientes que não conseguiram reduzir o peso corporal via métodos tradicionais, como dieta, exercícios físicos ou medicamentos.
Trata-se de um artefato de silicone ultra resistente, que diminui a capacidade gástrica, possibilitando que a paciente fique satisfeita com a ingestão de uma quantidade menor de alimentos.
Além disso, o balão intragástrico torna a digestão mais lenta, dificultando a passagem da comida. Isso contribui para prolongar a sensação de saciedade, já que provoca alterações nos níveis de grelina, um dos hormônios responsáveis por enviar ao cérebro sinais de que precisamos nos alimentar.
A implantação do balão intragástrico é realizada via endoscopia e não exige internação hospitalar. O método não invasivo possibilita um rápido retorno às atividades diárias.
Além disso, ele promove uma perda de peso eficiente — que não raramente ultrapassa 30% do peso corporal total — e não envolve a mutilação de nenhum órgão.
2. Posso conciliar gravidez e balão intragástrico?
Não. O ideal é que a paciente evite engravidar enquanto estiver fazendo uso do dispositivo como método de emagrecimento.
Existe risco, pois o artefato e o útero podem competir por espaço na região abdominal, comprimindo outros órgãos e provocando uma série de desconfortos, tanto para a gestante quanto para o bebê.
3. Gravidez e balão intragástrico: quais são os principais perigos?
Além do desconforto causado pela compressão dos órgãos, engravidar durante o período de utilização do balão intragástrico pode mascarar sintomas importantes da gestação e dificultar eventuais diagnósticos.
Fica mais difícil para o médico compreender, por exemplo, se enjoos e vômitos estão sendo provocados pela gravidez ou pelo uso do artefato e prescrever o tratamento mais adequado para cada caso.
Engravidar com o balão intragástrico também não é recomendado por questões nutricionais. Durante a gestação, a paciente necessita de um aporte calórico maior e tem necessidades alimentares bastante específicas.
No entanto, o uso do artefato limita a quantidade de alimentos ingeridos, como forma de provocar o emagrecimento, e pede uma dieta baixa em calorias, o que poderia provocar anemia, entre outras deficiências nutricionais, comprometendo o desenvolvimento saudável do feto.
Também é importante considerar que engravidar com excesso de peso — no caso das mulheres que acabaram de implantar o balão — aumenta os riscos de complicações como pré-eclâmpsia e diabetes gestacional, que podem colocar em risco a saúde e a segurança da mãe e do bebê.
Por isso, é necessário dar atenção especial à utilização de métodos anticoncepcionais nesse período e planejar a gravidez após a retirada do balão.
4. Gravidez e balão intragástrico: quanto tempo devo esperar depois de finalizar o tratamento?
É recomendado o período de um ano para aumentar as chances de desfrutar de uma gravidez tranquila e saudável. Isso se deve, pois é preciso que o peso da paciente esteja estabilizado, assim como seu organismo se ajuste a todas as modificações provocadas pela eliminação dos quilos extras.
5. Engravidei com o balão intragástrico, e agora?
Ainda que não seja recomendado engravidar durante o período de utilização do balão intragástrico, não é incomum que isso aconteça.
Isso porque o excesso de peso pode dificultar e até impedir uma gravidez. Porém, quando o artefato é implantado e a paciente perde peso, os hormônios se normalizam e as chances de ocorrer uma gestação aumentam caso não se faça uso de contraceptivos.
Se isso acontecer, é preciso retirar o balão intragástrico.
No entanto, o ideal é aguardar até a 16 ª semana de gestação para fazer a retirada, para evitar qualquer risco para a gestante ou para o bebê, devido o uso de anestésico para o procedimento.
É importante ressaltar que a gestação de pacientes com esse perfil deve ser acompanhada tanto pelo obstetra quanto por um nutricionista. Dessa maneira, é possível garantir um ganho de peso saudável e evitar as complicações provocadas pelo excesso de peso.
Como você pode ver, não é recomendado engravidar durante o período em que o balão intragástrico estiver implantado. O ideal é que você foque primeiro no processo de emagrecimento para que, superada essa etapa, possa curtir uma gestação muito mais tranquila e saudável, longe dos riscos provocados pela obesidade.
Gostou de saber um pouco mais sobre a relação entre gravidez e balão intragástrico?
Acompanhe nosso blog, para aprender mais sobre emagrecimento, saúde e bem-estar.
Se você tiver outras dúvidas ou quiser mais detalhes sobre o procedimento, entre em contato com a Clínica EDT.
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