22 janO que é a pHmetria?
Dando continuidade aos últimos materiais que lançamos aqui no Blog, vamos desmistificar mais um exame muito comum, que muitas pessoas não têm o devido conhecimento sobre.
Hoje, vamos falar um pouco sobre a pHmetria, exame bastante solicitado especialmente para pacientes que sofrem com doenças como o refluxo. Mas calma: nós falamos um pouco também sobre o que é esta doença, além de entrar em mais detalhes sobre o exame em si.
Pretende realizar uma pHmetria em breve e estava preocupado por não ter muitas informações sobre o procedimento? Vem ler este artigo, se informar sobre o tema e realizar esse exame simples – e muito importante – com toda a tranquilidade necessária.
O que é o exame de pHmetria?
O exame conhecido como pHmetria foi criado especialmente para estudar a Doença do Refluxo Gastro-Esofágico, da qual falaremos um pouco mais adiante.
Durante um período de 24h o paciente é avaliado, com o auxílio de um aparelho registrador que tem como função medir os níveis de acidez (pH) do conteúdo gástrico que reflui para o esôfago do paciente. Essa medição é feita por meio de uma sonda bem fina passada pela narina do paciente, que é ligada diretamente a esse aparelho, cuja extremidade fica alojada eu seu estômago.
Também são feitas anotações pelo próprio paciente, em uma tabela. Nela, constam informações como horário das refeições, horários dos sintomas, tipo de alimentos ingeridos, horário em que se deitou, se levantou e etc. Assim, são cruzadas essas informações com aquelas registradas pelo aparelho, para que seja possível um diagnóstico completo por parte do médico responsável.
No entanto, diversos tipos de especialidades médicas podem se utilizar destes dados, dentre elas:
- gastroenterologia;
- pediatria;
- clínica médica;
- pneumologia;
- cardiologia;
- otorrinolaringologia, e outras.
Casos em que uma pHmetria pode ser solicitada
Conforme comentado anteriormente, o principal motivo que leva um médico a solicitar a realização de uma pHmetria é a Doença de Refluxo Gastro Esofágico (DRGE). Mas além dela, existem outras situações em que o exame pode se fazer extremamente necessário, como por exemplo:
- Pacientes com queixa de azia e/ou regurgitação sem esofagite no estudo endoscópico;
- Detecção do padrão do refluxo para fins de melhor orientação terapêutica;
- Queixas de sintomas atípicos, como dor no tórax, problemas otorrinolaringológicos ou respiratórios;
- Determinação da relação entre sintomas e a ocorrência do refluxo gástrico;
- Antes da realização de cirurgias com finalidade anti refluxo;
- Avaliação do tratamento clínico/terapêutico da DRGE.
O que é a Doença de Refluxo Gastro-Esofágico (DRGE)?
É importante abrir um parêntese aqui para falar um pouco mais sobre a DRGE, uma vez que ela é a principal causa da solicitação de uma pHmetria.
A Doença de Refluxo Gastro-Esofágico é causada quando há o retorno do material gástrico do estômago para o esôfago. Uma vez que esse material pode conter ácido, o seu contato com a mucosa esofágica causa diversos sintomas – a maioria, bem incômodos. Dentre os principais, a maioria dos pacientes com DRGE costuma se queixar de:
- Azia/queimação no meio do peito;
- Regurgitação;
- Dificuldade para engolir;
- Dor no tórax (que, muitas vezes, é confundida com a dor causada por problemas cardíacos);
- Sensação de algo na garganta;
- Tosse crônica;
- Rouquidão;
- Dor ao engolir.
Com o passar do tempo, persistindo esse contato do ácido com a mucosa esofágica, pode ocorrer o surgimento de erosões e até úlceras. Em casos cujo contato é ainda maior, há relatos que associam a DRGE à uma maior propensão ao desenvolvimento de câncer no esôfago.
Outra função da pHmetria, conforme citada anteriormente, é definir qual o padrão de refluxo que o paciente apresenta, sendo os tipos possíveis:
- Ortostático: refluxo mais comum quando o paciente não está deitado;
- Supino: índice de refluxo maior quando o paciente está deitado;
- Biposicional: índice alto de refluxo independente da posição do paciente.
Qual é o preparo necessário para o exame?
Com relação à realização do exame em si, não há necessidade de qualquer preparo prévio.
A sonda é colocada pela narina do paciente, após leve anestesia local e lubrificação com gel anestésico.
Logo após, o paciente é liberado para realizar suas atividades cotidianas – exceto a prática de atividades físicas.
Após 24h, o paciente retorna ao consultório médico, onde é efetuada a retirada da sonda e do aparelho. Imediatamente, ele é liberado para retomar novamente sua rotina – aqui, já podem ser realizadas atividades físicas.
Porém, antes da realização da pHmetria é recomendado que seja feita uma manometria. À partir deste exame, será possível ter a exata localização do Esfíncter Inferior do Esôfago, que é onde a sonda será posicionada. Vale lembrar que o Esfíncter Inferior do Esôfago é a zona de transição entre o esôfago e o estômago.
Como é feita a pHmetria?
No consultório médico, o paciente inicia os procedimentos sentado. Nessa etapa, lhe é inserida uma sonda plástica pelo nariz – ela é devidamente lubrificada e coberta com pasta anestésica, a fim de evitar maiores incômodos.
Depois, a sonda é suavemente levada até o início do estômago, sendo empurrada pela garganta e atingindo o esôfago. Nesse instante, pode haver um desconforto maior por parte do paciente, com o surgimento de náuseas.
A próxima etapa é a fixação de um eletrodo no tórax do paciente, geralmente do lado esquerdo.
Assim, são ligados o eletrodo e a sonda ao aparelho registrador, que fica guardado em uma bolsa pequena.
Normalmente, a sonda é fixada atrás da orelha para ficar discreta – do melhor jeito possível.
Ao fim desses procedimentos, o paciente recebe uma folha/planilha, onde deverá fazer diversas anotações ao longo do período em que durar o exame. Dentre essas informações, serão registrados os horários em que são feitas as refeições, os tipos de alimentos que foram consumidos e a quantidade de vezes que o paciente se alimentou. Além disso, também devem ser informados o horário em que o paciente dormiu, acordou, permaneceu deitado, sentado, caminhando, etc. É muito importante um preenchimento correto nessa etapa, pois essas informações irão influenciar diretamente no diagnóstico completo que será passado pelo médico responsável.
Vale lembrar que o paciente deve permanecer por, ao menos, 24h com o aparelho fazendo os devidos registros.
Cuidados durante a realização do exame
É interessante ressaltar que durante a realização do exame, a prática de exercícios esportivos deve ser evitada. Isso porque tanto o suor quanto a movimentação podem fazer o eletrodo ou a sonda se desconectarem, e um impacto pode danificar o aparelho que faz o registro.
Também é preciso tomar cuidado no momento do banho – que não deve ser feito em chuveiro ou banheira. Por ser elétrico, qualquer exposição à água pode danificar o aparelho.
Neste caso, o recomendado é um banho com uma toalha úmida – sempre evitando as regiões da sonda, eletrodo e principalmente do aparelho.
Agora que você já está completamente por dentro de como funciona a pHmetria, você precisa procurar uma clínica que ofereça toda a equipe e aparelhagem necessária para realização do procedimento.
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