15 janSaiba tudo sobre a Endoscopia
A Endoscopia costuma ser um dos exames mais comumente solicitados no que diz respeito ao trato da saúde gastrointestinal. Além de ser considerado um método pouco invasivo e com alta taxa de positividade quanto ao diagnóstico, costuma ser oferecida em diversas clínicas do segmento – inclusive aqui na própria Clínica EDT.
No entanto, embora seja bem simples, ainda acaba gerando diversas dúvidas por parte dos pacientes – especialmente por envolver sedação. Assim, preparamos este artigo completo sobre o método, com diversos tópicos sobre o tema, a fim de deixar bem claro como todo o procedimento é feito, desde a preparação até a coleta dos resultados finais.
Então venha nos acompanhar neste artigo e boa leitura!
O que é a Endoscopia?
A Endoscopia Digestiva Alta, também conhecida por Endoscopia, é um método muito comum que permite ao médico ter acesso à visualização da região gastrointestinal superior do paciente. Nessa região do corpo ficam localizados órgãos como o esôfago, estômago e duodeno.
O procedimento é realizado com o auxílio de um tubo fino e flexível que conta com uma pequena luz e um sistema de captura de imagens em sua extremidade. Assim, quando devidamente inserido no interior do paciente, permite que o médico tenha acesso a imagens em alta qualidade de todas as regiões necessárias.
Esse tubo é chamado de endoscópio, e é introduzido no paciente pela boca, após processo de sedação simples.
Sua principal função é permitir o diagnóstico de diversas doenças que podem atingir direta, ou indiretamente, essa região. Dentre elas, podemos citar o Refluxo Gastro-Esofágico (RGE), Gastrite, Úlceras, Pólipos e até mesmo câncer em estágio inicial ou avançado.
Além de ser utilizado para a realização de exames, a endoscopia também têm finalidade terapêutica, ou seja, para o tratamento de algumas doenças. Veremos mais detalhes sobre essa função um pouco mais adiante em nosso artigo.
Quando o exame pode ser solicitado?
A endoscopia é solicitada por um médico especialista quando há suspeita de alguma doença, ou a necessidade de um atendimento de urgência.
Porém, as suspeitas do médico responsável se iniciam de queixas do paciente, como:
- Falta de apetite, levando o paciente a comer menos do que o habitual;
- Sensação de comida “presa” na garganta;
- Fezes com cores alteradas;
- Vômito com sangue;
- Sensação de azia constante;
- Anemia sem causa aparente;
- Dor e/ou incômodo na parte de cima do abdômen;
- Dificuldade para engolir os alimentos/refeições;
- Perda de peso sem motivo aparente;
- Náuseas constantes.
E também em casos como:
- Presença de cirrose no fígado;
- Necessidade de acompanhamento ou tratamento de uma doença já diagnosticada;
- Detecção da bactéria Helicobacter pylori, que é responsável direta no surgimento de diversas úlceras e casos de inflamação do estômago.
A endoscopia como procedimento terapêutico
Além de ser usada como um método auxiliar à detecção de diversas doenças e problemas na região gastrointestinal superior, a endoscopia também tem sua função como procedimento terapêutico. Ou seja, existem diversos casos onde a endoscopia é usada como parte do tratamento em si.
A maior vantagem do uso da endoscopia nesses casos é o fato dela ser considerada um método minimamente invasivo, que não exige qualquer tipo de corte ou cirurgia. Dessa forma, também se torna mais rápida a recuperação do paciente após a realização do procedimento.
Se você acompanha nosso Blog já sabe que um dos métodos em que a endoscopia mais tem encontrado sucesso é a inserção do Balão Gástrico, método auxiliar na perda de peso que não exige qualquer tipo de cirurgia.
No entanto, ela também é utilizada em diversos tratamentos, como:
- Gastroplastia Endoscópica;
- Colocação de sondas em pacientes com dificuldade para engolir;
- Realizar gastrostomia;
- Retirada de pólipos;
- Método Stretta;
- Ligadura elástica / escleroterapia de varizes esofágicas;
- Remoção de corpos estranhos (moedas engolidas por crianças, por exemplo);
- Tratamento de lesões sangrantes (úlceras, lesões vasculares, tumores, etc);
- Dilatação de estenoses (do esôfago, estômago ou duodeno).
Tudo isso além de também ser utilizada para a realização de pequenas biópsias, ou seja, retirada de pequenas partes do tecido mucoso no esôfago, estômago ou duodeno.
Como é o procedimento de endoscopia?
Inicialmente, ocorre a aplicação de um sedativo intravenoso simples no paciente, além de uma anestesia local na garganta. Assim, por conta da aplicação dos sedativos, o paciente não sentirá nenhuma dor durante o procedimento e muito provavelmente não se lembrará do ocorrido. É importante lembrar que a duração do efeito deste sedativo é bem curta, e logo ao fim do procedimento, o paciente vai recobrar sua consciência.
Depois de sedado, é inserido um protetor bucal no paciente, que permite que o mesmo permaneça com a mandíbula aberta durante o procedimento.
Com o paciente já sedado, o endoscópio é inserido através da boca, passando pela garganta e indo até a região interna que o médico deseja examinar. Com o auxílio de uma pequena câmera em sua extremidade, o profissional consegue acompanhar imagens ao vivo em uma tela.
Assim, todas as imagens necessárias serão colhidas e devidamente registradas – e se for necessário, também poderá ser colhida uma biópsia do paciente.
Passados os efeitos da anestesia, que duram ao menos meia hora, o paciente é liberado para deixar o consultório médico – desde que esteja acompanhado.
Preparo para o exame
Antes de realizar a endoscopia, é preciso levar em conta alguns cuidados para que o procedimento ocorra normalmente.
Na véspera do exame, é preciso que o paciente faça uma dieta leve, sem alimentos de difícil digestão. Depois, nas oito horas que antecedem o exame, o jejum deve ser completo, para que haja completa possibilidade de visualização dos órgãos.
Duração do exame
O exame em si é bem rápido, e costuma levar entre 5 e 20 minutos. No entanto, levando em consideração o tempo para preparo ao uso da sedação, e o tempo que o paciente recobra sua consciência, estima-se que em 1 hora ou menos ele esteja apto para deixar o local, já com o exame realizado.
Alguns cuidados e precauções
A endoscopia é considerada um exame muito seguro, no entanto, um dos riscos que a cerca diz respeito ao uso da anestesia. Assim, existem alguns casos que demandam de certa atenção para sua realização, como:
- Pacientes com obesidade mórbida e doenças cardíacas (devem realizar o procedimento apenas em ambientes hospitalares);
- Grávidas;
- pacientes com problemas respiratórios.
Nesses casos, o médico deve realizar uma avaliação prévia para determinar os riscos aos quais cada paciente pode estar sendo submetido.
Não existe limite de idade para realização do procedimento, sendo que até bebês recém nascidos, de acordo com a necessidade e devida recomendação médica, podem ser submetidos à ele.
Outra recomendação importante é que o paciente precisa estar acompanhado, uma vez que os sedativos alteram os reflexos do paciente. Por isso, em hipótese alguma, ele deve dirigir. Também é indicado evitar atividades que exijam mais atenção, como a própria direção e a operação de máquinas pesadas. Assim, o mais normal é que o paciente permaneça pelo restante do dia em repouso total.
E aí, ficou alguma dúvida sobre o assunto?
Fique a vontade para entrar em contato conosco para que possamos bater um papo sobre o assunto. E você já sabe: se quer continuar por dentro deste e de diversos temas que dizem respeito à sua saúde, é só continuar de olho em nosso Blog.